11/08/2008

Finalmente... Águas Calientes e Machu Picchu! 25/01


As 30h 30min da manhã acordamos para pegar o táxi que nos levaria até Ollantaytambo, cidade onde pegaríamos o trem rumo a Águas Calientes. Despedimo-nos do hotel com aperto no coração: fomos muito bem atendidos e por uma semana aquele tinha sido o nosso lugar.
Duas senhoras locais dividiram o táxi conosco: seus sacos de cebolas e tomates foram ao lado de nossas mochilas. Embarcamos no trem às 5h da manhã, quando o dia ainda estava amanhecendo. Esta viagem de trem só vale os 40 dólares pela paisagem, pois o serviço e o atendimento é extremamente precário: me serviram um chá de coca com uma cucaracha morta no copo, e, quando finalmente chagamos ao nosso destino, um guarda entrou gritando em plenos pulmões, de forma extremamente grosseira, para que todos saíssem depressa do trem. Resultado: tivemos que pular do trem quando ele já estava em movimento, e acabei caindo nos braços de um peruano que correu para me pegar. E pensar que a passagem para o mesmo trem valia quase nada antes da privatização da companhia ferroviária (por sinal, comprada por uma companhia inglesa!)...
Já em Águas Calientes, deixamos nossas mochilas no hotel que a agência tinha reservado para nós e corremos para pegar o ônibus turístico que sobe até o parque de Machu Picchu. Sem dúvida, a estrada até o parque foi uma das mais belas pelas quais passamos, cercada por montanhas férteis da floresta cortadas pelo rio. Sentíamos algo de mágico à medida que íamos nos aproximando das ruínas...
Entrando em Machu Picchu, a emoção de por os pés naquele lugar: é incrível! A guia nos explicou que aquela fora uma cidade construída em homenagem aos deuses incas, sendo ao mesmo tempo um centro de observação astronômica, e que seus habitantes eram compostos por sacerdotes, astrônomos e membros da elite. Depois de mais ou menos 3h andando pelo parque, eu e o Afonso saímos para almoçar. Surpreendemo-nos com os preços da comida, o bufê de um dos restaurantes custava 30 dólares por pessoa! Um verdadeiro absurdo, mais ainda se pensarmos na realidade econômica do povo peruano (tudo bem que o turismo ali é todo voltado para os gringos...)... Mas não pára por aí. Sem dúvida Machu Picchu é uma referência turística internacional. Tudo é caro e a infra-estrutura é muito sofisticada, bem no estilo gringo da coisa. Circular pelo parque é uma tarefa difícil, muitas filas de japoneses, americanos vestidos à Indiana Jones e velhinhos europeus muito ricos. Tudo menos os próprio latino-americanos, o que é uma verdadeira pena...
Depois de engolirmos um lanche horroroso e caríssimo, voltamos a entrar no parque para uma segunda volta e para o Afonso poder tirar fotos preto e branco. Pela primeira vez conseguimos ficar sozinhos pelo parque, sem turistas para estragar a vista.
No fim da tarde voltamos a tomar o ônibus para descer até Águas Calientes. Por um momento pensamos em voltar pela trilha, mas eu ainda estava moída pelo Rafting do dia anterior e pelo tempo sem dormir. Comemos bem, aproveitamos um Happy Hour e voltamos ao hotel para finalmente descansarmos.
De todos os hotéis pelos quais passamos, sem duvida aquele era o pior. Muito frio e banheiro sujo, sem contar que levaram a bolsa que uma americana tinha deixado em seu quarto.
Dormimos muito cansados, e o dia seguinte seria um dos mais duros da viajem.


 Como os mais avisados já fazem, leve lanche para o parque arqueológico, pois tudo ali é ridiculamente caro. O alvo dos 3 ou 4 restaurantes e lanchonetes são os turistas americanos, europeus e japoneses.
 Se quiser subir o Wayna Picchu, chegue cedo, pois há um limite de pessoas que podem subir, e no final da manhã já há o risco de ficar de fora.






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