11/08/2008

Uyuni – La Paz: O dia do medo. 05/02


Ao meio dia fizemos check out no hotel, e por sorte nos permitiram deixar nossa mochilas na recepção até o horário de partida de nosso ônibus, às 8h da noite.
Tivemos o dia todo para andar pela cidade de Uyuni, lugar chato, seco e sem absolutamente nada para se fazer. Para passar o tempo, compramos um baralho e passamos a tarde toda sentados num bar, jogando e bebendo cervejas.
Quando deu nosso horário, pegamos nossas mochilas no hotel e fomos ate a rodoviária pegar o ônibus até Potosí. Quando embarcamos, percebemos o quanto horrível seria aquela viajem... ônibus extremamente apertado, até para mim! Nossas cadeiras estavam quebradas e eu e o Afonso fomos a viagem toda com as pernas prensadas nos bancos da frente. Muitas moscas, pessoas deitadas no corredor e uma estrada sem asfalto extremamente escura. O ônibus fazia tanto barulho e chacoalhava tanto que não conseguimos pregar os olhos durante as 10h de viajem. A todo o momento o ônibus parava e alguém descia para urinar na rua, enquanto mais 10 pessoas subiam para procurar um milímetro de chão para se acomodar, e faziam a maior confusão com o motorista, meio bêbado do carnaval. Olhava pela janela e só conseguia ver a escuridão sem fim do deserto, e só conseguia pensar em como estávamos tão longe de tudo e o que faríamos se o ônibus quebrasse no meio da madrugada (coisa comum na Bolívia).
Quando colocamos os pés em Potossí, o dia já amanhecia. Daí uma boa noticia: não havia ônibus para La Paz! Muita confusão e gritaria por parte dos turistas, que assim como nós, já haviam comprado a passagem e precisavam estar em La Paz naquele mesmo dia. Recebemos uma parte de nosso dinheiro (muito inferior ao que pagamos) e saímos na correria em busca de um bendito ônibus ou táxi para La Paz. Na sorte, todos nós conseguimos, e ao meio dia descemos em La Paz para nosso último dia de viajem.
Eu e o Afonso fomos direto ao hotel Copacabana, onde nós havíamos nos hospedado na primeira vez. Tomamos um bom banho, arrumamos a mochila e saímos em seguida sem dormir para almoçarmos e fazermos compras. As festas de carnaval do dia anterior tinha deixado a cidade muito suja e vazia, e acabamos encontrando quase todos os comércios fechados. Conseguimos comprar algumas coisas para os parentes, voltamos para o quarto e dormimos das 5h da tarde até as 6h do dia seguinte, quando finalmente pegamos o avião para SP.

 Claro que não caímos na besteira de acreditarmos na “recepcionista” da agência onde compramos as passagens de ônibus, que, ao perguntarmos como era o ônibus, nos disse: “bus semi-cama” (ônibus semi-leito). Mas nem o mais pessimista poderia imaginar o que encontraria: um verdadeiro “cata jegue” caindo aos pedaços, mal-cheiroso, com animais e gente dormindo no corredor. Pesadelo!

3 comentários:

MoiZés AZÄÑA disse...

Si pudieras traducirlo al españos, sería estupendo.

Azaña Ortega

FAbiano disse...

Bom dia Meu nome é Fabiano li seu blog e estou com muita vontade de fazer uma viagem do tipo que vcs fizeram, mas irei sozinho é complicado ir sozinho, quanto gastaria + ou - em grana no total poderiar me dar umas dicas porque vou começar a planejar para meados de 2012 abraço

Anônimo disse...

Oi Fabiano, escreva o seu email para que eu possa passar as informações.