11/08/2008

2º dia em Atacama: visitando o deserto. 31/01



Após quase 12h de sono, saímos do hotel em busca de uma agência que nos levasse para o Vale da Lua. Aproveitamos para também fechar com a agência o pacote dos passeios de jipe pelos desertos da Bolívia, coisa que faríamos no dia seguinte. Para este dia, conheceríamos o Vale da Morte e o Vale da Lua, um dos cenários mais marcantes de toda nossa viajem.
Antes de irmos, almoçamos num bar bem legal e caro como todos os outros da cidade. Não conseguimos sacar dinheiro, pois os únicos caixas eletrônicos da cidade não funcionavam. Imediatamente deixamos de gastar dinheiro à toa: tínhamos que começar apertar os gastos. Pelo menos estávamos saindo do Chile: na Bolívia tudo era mais barato.
Às 4h da tarde subimos na van rumo aos vales do Atacama. Nossa primeira visita foi em um mirador, de onde podíamos ver boa parte do deserto e tirar belas fotos. Depois o motorista nos deixou no Vale da Morte onde teríamos que fazer uma longa caminhada para atravessá-lo, e tomamos banhos de areia por causa do vento. As dunas são lindas, e por todos os lados muita molecada praticando snowboard. Depois de mais ou menos 40 minutos de caminhada, fomos levados até o Vale da Lua, ponto máximo da viajem. E o lugar é realmente incrível! O sal se mistura com a areia e nos dá a impressão de andarmos na própria superfície lunar.
Quando já anoitecia, subimos as montanhas a pé na esperança termos uma visão panorâmica do pôr do sol. Já tínhamos ouvido sobre o sunset no deserto, e tínhamos grandes expectativas. Foi quando o clima do lugar mudou completamente. Eu e o Afonso estávamos usando roupas curtas e o vento do vale quase nos arrastava para trás. Tivemos que sentar lado a lado com os braços sobre os nossos joelhos, com o rosto sempre abaixado, por causa da força com que a areia batia em nossa pele. Após um bom tempo passando frio, sem contar com o fato de o meu boné ter saído voando pelo vale, finalmente o Sol se pôs. E com isso, nossa decepção: não vimos nenhuma das belas imagens que tínhamos visto na internet, apenas um sunset rápido e sem muitas cores. Um por do Sol em uma praia brasileira com certeza teria sido bem mais marcante.
Depois de voltar para a cidade, comemos bem e preparamos nossas mochilas: no dia seguinte partiríamos cedo rumo aos desertos bolivianos.






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