11/08/2008

De volta à Bolívia! Desertos no Sudeste 01/02


As 8h da manhã subimos na van da agência que nos levou até a fronteira do Chile com a Bolívia. Surpreendentemente, a viajem até esta fronteira foi uma das mais bonitas até então. O cenário foi se transformando de terras secas e áridas para a mais pura neve. Eu o Afonso, que éramos os únicos brasileiros do veiculo, ficamos fascinados e comemoramos quando o motorista parou para que descêssemos para brincar e tirar fotos.
Passar a fronteira foi fácil, na verdade a mais tranqüila de todas. Era uma casinha feita de barro entre as paisagens de gelo no meio de quilômetros de deserto, sem nada mais por perto. Mais uma vez em solo boliviano, tomamos um café da manhã improvisado ao lado da fronteira e finalmente fomos divididos em dois grupos para subirmos nos jipes, com os quais viajaríamos nos próximos 3 dias. Tivemos muita sorte em nosso grupo: eu, o Afonso, um casal de universitários chilenos e outro casal da Nova Zelândia, no total de 7 pessoas, contando com nosso motorista. No outro carro, um grupo de europeus, composto por suíços, poloneses e britânicos.
Na primeira parte da viagem aproveitamos para conversar sobre nossos países. Conhecemos belíssimas lagoas, de todas as cores possíveis e imagináveis, verde, azul e vermelho, misturadas com o tom pastel do deserto. Conhecemos também os pássaros locais, os Flamingos, muito parecidos com as nossas Garças. Paramos em um lugar com águas termais para nadar, onde todos animados se jogaram de cabeça. Só eu e o Afonso permanecemos vestidos por causa do frio, pois ficamos com receio do choque térmico e da possibilidade de pegarmos uma gripe.
No meio da tarde o motorista nos deixou no alojamento onde passaríamos a primeira noite. O lugar era horroroso, com camas duras feitas de pedra e roupa de cama suja. Muitos do grupo passaram muito mal devido à altitude: estávamos a 4.700 metros do nível do mar! Por sorte, eu e o Afonso já tínhamos estado em La Paz, e já estávamos acostumados com a baixa pressão. Aproveitamos o dia para andar até a lagoa vermelha, mas voltamos correndo por causa do vento forte.
No almoço, salsichas fritas, purê de batata e pepinos cortados. O jantar foi um pouquinho melhor: sopa de legumes e macarrão sem carne, com muito chá de coca para a cabeça. Jogamos um pouco de cartas com nosso grupo e fomos dormir logo em seguida, pois quase todos estavam tontos por conta da altitude. Na hora de dormir, fomos os mais sortudos: tiramos nossos sacos de dormir na mochila e dormimos aquecidos. O alojamento não tinha chuveiros, mas no frio de 5º, não nos importamos em não tomar banho.






Nenhum comentário: